A mensagem "evangelização dos ambientes" e os nca'S

VER:

             Na mensagem Evangelização dos Ambientes, um foco é a terceira perna do “tripé do cristão comprometido”: AÇÃO.

             Essa mensagem do Cursilho será o primeiro contato do Neo confrontando a teoria x prática.

Se a mensagem “Graça, a Vida na vida” é o eixo central do CUR onde giram seus objetivos, método e proclamação, provocando o Neo a ser um “Homem-Novo”, a mensagem “Evangelização do Ambiente”, por analogia, é o eixo no qual gira toda a mentalidade do CUR, provocando o Neo a ter uma nova visão da realidade, transformando o ambiente em um “Ambiente-Novo”.

Não podemos esquecer, ainda mais nessa mensagem, que a razão de existir do MCC é que o futuro cursilhista que, sentindo-se atraído por um “Pai Rico em Misericórdia”, que em pouco tempo fará seu compromisso de “Cristão Comprometido” ao receber a Cruz, contando com a “Graça” de Deus na sua vida e, dando novo “Sentido à sua Vida”, possa ter a “Esperança” de viver em plenitude o Fundamental Cristão.

Não basta só a vivência do Fundamental Cristão. O Cursilhista não é uma “ilha”. Quem vive o Fundamental Cristão, mas não convive em comunidade, é como o “servo que enterrou o talento” ou como o “jovem rico que foi embora triste”, isto é: não compreendeu a importância da proposta e do convite feito por “Jesus Cristo, Deus e Homem libertador”.

  O futuro cursilhista precisa aprender a descobrir Jesus Cristo nos outros, em cada “Encontro” que a vida lhe proporcionar. E esses encontros acontecem nos ambientes onde ele vive. É assim que se convive o Fundamental Cristão. Só se vive em “plenitude” o Fundamental Cristão se o cursilhista além de vive-lo para si, vive-lo com os outros. Afinal, carisma do Cursilho não é algo para si mesmo, mas para o bem do próximo, para a Igreja e para o mundo.

Tal como os discípulos foram enviados dois-a-dois, assim também o futuro cursilhista precisa compreender a importância da Comunidade na Evangelização dos Ambientes.

A mensagem “Evangelização dos Ambientes” começa na sala de mensagens e continua, por toda a vida, nos “Núcleos de Comunidades Ambientais”.

No Cursilho, o Neo experimenta os dois primeiros encontros: “consigo mesmo” e com “Jesus Cristo”. É o que chamamos de “uma experiência pessoal”. Claro, no CUR também apresentamos aos neocursilhistas a estratégia para que saia de si e tenha um “encontro com a comunidade”. Mas o colocar em prática a Evangelização vem após o CUR.

São os NCA’s os locais aonde os cursilhistas completam concretamente o seu “terceiro encontro”. O NCA é a resposta prática ao compromisso assumido.

ILUMINAR-SE:

             Primeiro faz-se necessário deixar bem claro que, quando falamos do “terceiro pé do tripé do Cristão Comprometido”, a Ação, não estamos falando de qualquer tipo de ação. Não!

             Também na metodologia empregada desde 1988 no MCC, VER-JULGAR-AGIR, que no Cursilho adotamos como VER-DISCERNIR-AGIR, precisa ser melhor explicada quanto ao seu terceiro verbo: AGIR.

             Para ficar bem claro, pense que a metodologia só tem sentido no MCC se não for qualquer tipo de ação. Não!

             Quando falamos de ação no CUR, estamos falando de AÇÃO TRANSFORMADORA.

             A ação transformadora é aquela que vai na raiz de todo o problema.

             Para ficar mais claro, o cursilhista precisa ter em sua cabeça que quando falamos em VER-DISCERNIR-AGIR, estamos falando em

VER-DISCERNIR-TRANSFORMAR

             Muitos cursilhistas ainda confundem os serviços paroquiais, a campanhas pontuais que muitos fazem no Natal, nos asilos, nas creches, nas escolas etc., com a ação proposta pelo Cursilho. Veja bem, sem dúvida, essas campanhas e serviços são essenciais nos dias de hoje e não podemos, como cristãos, virar as costas aos necessitados. Devemos sim colaborar.

             Mas isso não é TRANSFORMAR.

             Transformar é mudar completamente a essência. Transformar é tornar o ambiente velho, vazio da Graça de Deus, em um “Ambiente-Novo”; o que só é possível de ser feito por um “Homem-Novo”.

             É iluminado pela Graça que o cursilhista consegue iluminar os ambientes. Longe da Graça e sem o apoio de outros o cursilhista não consegue implementar o Plano de Deus para que os ambientes experimentem os valores do Reino de Deus.

             Para transformar os ambientes, primeiro o cursilhista precisa transformar a si mesmo, deixando o homem-velho para trás e, em Cristo, transformar-se em uma nova criatura, transformar-se em um “Homem-Novo”.

             A meta a atingir é a experiência de São Paulo quando deixa a própria vida para trás e diz: “Já não sou eu quem vive: É Cristo que vive em mim” (Gl 2,20).

Em momento oportuno falaremos sobre o método completo VJAAC.

TRANSFORMAR:

             O Cursilho não só nos proporciona experiências e discernimentos como também nos proporciona meios e estratégias para que a possamos colocar em prática o que experimentamos.

             Assim, se completa o Carisma onde recebemos as Graças Especiais do Espírito Santo, mas sabemos que essas Graças não nos pertencem: pertencem ao próximo e ao mundo.

             O Núcleo de Comunidade Ambiental é o lugar mais adequado para a convivência do Fundamental Cristão, onde juntos podemos procurar meios eficazes para erradicar do ambiente os contravalores que o afasta de Deus.

             Um ambiente “de costas para Deus” não experimenta a justiça, a paz, a amizade, o amor, a gratidão e os gestos de boa educação e convivência.

             As grandes transformações ocorrem com pequenos gestos.

Carlos Carvalho

Cruzeiro/SP - Brasil