a transformação pessoal antes da transformação dos ambientes

VER:

           Cada coisa tem o seu próprio tempo. Antes de ser quem eu sou, eu passei por inúmeras experiências e aprendizados. Ninguém nasce formado.

             Meu primeiro passo como cristão foi ser batizado.

Depois, aprendi com meus pais e avós as minhas primeiras orações, aprendi a chamar Deus de “Papai do céu”. Eram orações muitos simples e infantis. Ainda não sabia nem ler ou escrever.

Numa etapa seguinte, fui alfabetizado e assim, também pude ir para a catequese paroquial onde dei continuidade a formação que recebi em casa, mas de uma forma agora mais organizada.

Com o passar do tempo, a minha consciência crítica ganhou mais um adjetivo: passou a ser uma consciência crítica cristã. Aprendi alguns “raciocínios de Jesus Cristo”.

Aonde eu quero chegar com isso?

Ninguém nasce pronto.

Não há como transformar os ambientes se primeiro eu não me transformar por dentro, se primeiro eu não transformar o meu “eu”.

            

ILUMINAR-SE:

É essa a proposta do Cursilho nas suas três fases – É preciso que eu me conheça como sou (sem filtros, sem os famosos efeitos do Instagram) para que consiga aprimorar a minha consciência crítica e que, conhecendo a Jesus Cristo, me sinta atraído por Ele, imitando-o, agindo como ele agiria no meu lugar.

A partir do momento que consigo agir como Jesus Cristo, já não tenho só a minha consciência, mas a consciência de Cristo, e, consequentemente, uma consciência crítica cristã.

Não tem como eu transformar o mundo se primeiro eu não me transformar por dentro.

Não tem como eu transformar o mundo se eu não me misturar no mundo. A fermentação de Evangelho nos ambientes implica em misturar-se, inserir-se de corpo e alma nos ambientes. “Fermento polvilhado” não faz a massa crescer. Cristão superficial não transforma nada. Está apenas na zona de conforto.

 

TRANSFORMAR:

             Mas, do que vale ter uma consciência crítica cristã se eu não agir?

             Eu seria como um barco que nunca levanta âncora.

             Se eu sei tudo (ou um pouco!), se eu sei como devo fazer, mas fico preso em mim, querendo um “Cristo interior”, querendo um “Cristo só meu”, querendo uma “paz interior” que me faça bem e não ajo em socorro do próximo, sou como o servo que enterrou talentos. Sou como um visionário cego. Sou um egoísta.

             Cristo não se poupou por nós.

             Se digo que conheço o Cristo e O sigo, mas, não saio de mim, não saio do conforto do sofá, eu posso afirmar que O conheço, mas, não posso afirmar que O sigo. Jesus Cristo não ficaria parado enquanto muitos precisam Dele.

             É impossível eu transformar ambientes ficando à distância, no meu “mundinho” ideal.

             Transformação de Ambientes só de dentro para fora.

             É preciso “sair de si” para “entrar nos ambientes”, fazendo os ambientes a serem uma fotografia do seu eu.

Cristão que não se mistura nos ambientes para transformá-lo não passa de um Cristão maquiado: só beleza exterior.

             Um ambiente transformado só é possível se está cheio de pessoas transformadas e transformadoras.


Carlos Carvalho

Cruzeiro/SP - Brasil