Candidatos e Ambientes
Não se pode começar a estudar os ambientes que necessitam fermentação de Evangelho sem antes voltar às origens de “por que tudo começou”.
VER:
Simplificando, o Cursilho começou quando alguns jovens notaram que o mundo “deu as costas para Deus”.
Logo, quem dá “as costas para Deus” é alguém que está longe da Graça de Deus: portanto, podemos defini-lo com um afastado.
O mundo, ainda hoje, tem muitos ambientes descristianizados.
Descobrimos assim, o público-alvo: os afastados.
Quando procurar pelo candidato a evangelizador, “não te deixes impressionar pelo seu belo aspecto, nem pela sua alta estatura...o que o homem vê não é o que importa: o homem vê a face, mas o Senhor olha o coração” (1Sm16,7) do afastado.
Concluímos também que muitos dos afastados vivem em ambientes descristianizados.
Descobrimos assim, o ambiente alvo, que precisa ser fermentado de Evangelho: os ambientes sem Deus.
ILUMINAR-SE:
Qual foi então o carisma que o Espírito Santo colocou no coração daqueles jovens e daqueles sacerdotes, há mais de 70 anos?
Primeiro, é preciso esmiuçar bem o que é Carisma.
Em poucas palavras, carisma têm 4 características básicas:
1. Provêm do Espírito Santo,
2. É para o bem do próximo,
3. É para o bem da Igreja e
4. É para o bem do mundo.
Agora, voltemos à pergunta: Qual o carisma do Cursilho?
Acredito que a chave da porta de entrada é “Fermentar de Evangelho os Ambientes”.
Mas, como um lugar com várias portas, temos outras chaves para outras portas:
1. A chave da vivência e convivência do Fundamental Cristão
2. A chave da descoberta da vocação pessoal
3. A chave da amizade.
Fica bem claro assim que o Cursilho impulsiona a pessoa a mudar o mundo, a começar pelos ambientes onde vive.
Fica mais claro ainda que o carisma do Cursilho nasceu para o Cursilhista “colocar-se a serviço”, ser “agente de transformação” e não para proveito “exclusivamente próprio”.
TRANSFORMAR:
É um erro enviar alguém para o Cursilho pensando apenas no bem que “o Cursilho pode fazer para a pessoa”, sem ter em mente a continuidade do que esta pessoa, nos Pós-cursilho, após ter seu encontro pessoal com Cristo, “pode fazer pelo mundo”.
Daí a importância de o padrinho acompanhar o Neo Cursilhista até que esse enraíze o Carisma do Cursilho em sua mente e ande com “suas próprias pernas cursilhistas”.
Deixar de pensar no que o Neo Cursilhista pode fazer pelo próximo, pela Igreja e pelo mundo é infantilidade e ingenuidade de quem ainda não entendeu a finalidade do Cursilho e muito menos compreendeu o Carisma do Cursilho.
Não dá para desassociar a busca por evangelizadores afastados e ambientes que precisam ser fermentados de Evangelho. As melhores pessoas para evangelizarem os ambientes descristianizados são as que vivem neles.
Um Cursilhista que não Fermenta de Evangelho os ambientes é igual ao servo que ganhou um talento e o enterrou (Mt 25, 14-30). É o mesmo que enterrar o carisma do Cursilho.
Carlos Carvalho
Cruzeiro/SP - Brasil