glossário de termos usados no mcc em linguagem coloquial

Ambiente

Na linguagem do CUR, é o local que precisa ser fermentado e transformado pela vivência dos valores do Evangelho. Fisicamente, o ambiente é delimitado onde o cursilhista vive, seja o bairro, o local de trabalho ou o local de estudo. O cursilhista deve fermentar e transformar o ambiente onde vive - não os ambientes onde não está presente. Isso porque essa evangelização é feita pelo próprio testemunho. É testemunho vivencial que transforma pessoas e ambientes.

Candidatos

É como chamamos a pessoa convidada para fazer a experiência do CUR. Essa pessoa é buscada justamente naqueles ambientes onde a equipe do Pré-cursilho detecta a necessidade de evangelização. Após a experiência do CUR, o que esperamos é que essa pessoa possa fazer a diferença justamente onde ela foi buscada. Por isso, a importância de se descobrir pessoas com liderança nesses ambientes para que ela consiga, com a sua vida, transformar o ambiente onde ela habita e as pessoas que estão lá, com as quais convive.

Clausura

É o estilo adotado nos 3 dias de cursilho. Responsáveis e candidatos se fecham em um local específico (Casa de Cursilhos) desligando-se do mundo exterior. Assim, aproveitam o tempo sem distrações do que acontece extramuros da Casa de Cursilhos. Sem celular, sem notícias, sem recados, sem nenhuma interferência do mundo exterior.

Cursilho

Consiste nas atividades que acontecem em local específico com duração de 2 ou 3 dias. Participam deste evento apenas os candidatos e os responsáveis escalados pelo coordenador. O Cursilho acontece no estilo clausura, isto é, nenhuma outra pessoa pode ir ao local onde está ocorrendo o Cursilho.

Decúria

Uma palavra antiga. Termo mais não utilizado atualmente nos Cursilhos no Brasil. O Exército romano antigo tinha uma fração de tropa com 10 soldados que era chamada de decúria. Só isso! Então, no Cursilho, decúria era o nome que se dava ao Grupo de Trabalho com 10 pessoas.

Elementos estranhos

É o termo utilizado no MCC para definir tudo aquilo que não faz parte do esquema do Cursilho e pode tirar o foco. O programa do CUR não deve ser alterado. Nenhuma nova mensagem deve ser incluída na programação. Os esquemas das mensagens e seus objetivos não devem ser modificados. A sequência das mensagens não pode ser alterada. Nenhuma atividade estranha pode ser inserida no CUR, por melhor que seja a intenção. Guarde essas atividades para as Ultreyas, Escolas Vivenciais etc.

Escola Vivencial

Em outros países também é chamada de escola de líderes porque o cursilho busca pessoas com liderança, inquietude evangélica e dispostas a evangelizar os ambientes onde vivem, trabalham, estudam etc. As escolas vivenciais são atividades Pós-cursilho.

Folclore

Nome antigo como era chamado o grupo de música durante o Cursilho. Ainda é muito usual nos dias de hoje.

Mentalidade, estratégia e finalidade

Vemos essa sequência de 3 palavras no livro EFMC. mas como simplificar?

Mentalidade é “como eu penso”, o que eu acho sobre algo.

Estratégia é “como vou fazer”, “qual o jeito mais eficiente de fazer algo?”.

Finalidade se resume em “para que?”.

Se você quer evangelizar os ambientes, você tem que pensar como um cursilhista pensaria, agir como um cursilhista agiria, ir a fundo no problema como um cursilhista iria. Ir fundo no problema é atingir a raiz do problema; não ficar só nas “folhas”, na superficialidade.

Pré-cursilho

Tudo o que acontece antes do Cursilho: Busca de candidatos nos ambientes estudados e Reuniões (de planejamento, de estudo e de oração).

Querigma

É a palavra mais difícil de se explicar de um jeito informal. Você conhece algum pescador que conta sempre a mesma história sobre a melhor pescaria da vida dele, mesmo que essa tenha ocorrido há mais de 15 anos? Quando você o escuta, parece que é a primeira vez que ele está contando a mesma história, e, ele não se cansa de contar sempre com o mesmo entusiasmo.

Deve ser esse o entusiasmo de quem conta o primeiro anúncio da Boa Nova do Evangelho, mesmo que essa história tenha sido escrita há 2000 anos.

Assim como o pescador narra a mesma história original com entusiasmo, sendo capaz de prender a nossa atenção, o cristão precisa anunciar a Boa Nova do Evangelho, indo além da mensagem, com seu testemunho, despertando a atenção do ouvinte, provocando-o procurar mais, sentir vontade de querer mais.


Responsáveis

Termo que é utilizado para se chamar o cursilhista que está na função de servir durante o cursilho. Para servir como responsável no cursilho, o cursilhista precisa estar preparado:

Ter bom testemunho como cristão,

Ser convidado pelo coordenador específico do cursilho que irá acontecer,

Frequentar as escolas vivenciais,

Participar de todas as atividades na fase Pré-cursilho e

Acompanhar os neocursilhistas após o cursilho (Pós-CUR) até que eles se engajem no Movimento.

Reunião de estudo

Que ninguém venha com esse papo furado, papo de preguiçoso de “Relaxa! Na hora da mensagem, o Espírito Santo sopra no meu ouvido.” Na Evangelii Gaudium já tem uma “puxada de orelha” sobre isso. Adaptando o sujeito “pregador” por “mensageiro”, veja como fica o texto do Papa Francisco: “A preparação da mensagem é uma tarefa tão importante que convém dedicar-lhe um tempo longo de estudo, oração, reflexão e criatividade evangélica. Com muita amizade, quero deter-me a propor um itinerário de preparação da homilia. Trata-se de indicações que, para alguns, poderão parecer óbvias, mas considero oportuno sugeri-las para recordar a necessidade de dedicar um tempo privilegiado a este precioso ministério. Alguns mensageiros cursilhistas sustentam frequentemente que isto não é possível por causa de tantas incumbências que devem desempenhar; todavia atrevo-me a pedir que todas as semanas se dedique a esta tarefa um tempo pessoal e comunitário (junto com os outros mensageiros) suficientemente longo, mesmo que se tenha de dar menos tempo a outras tarefas também importantes. A confiança no Espírito Santo que atua na pregação não é meramente passiva, mas ativa e criativa. Implica oferecer-se como instrumento (cf. Rm 12, 1), com todas as próprias capacidades, para que possam ser utilizadas por Deus. Um Mensageiro do Cursilho que não se prepara não é «espiritual»: é desonesto e irresponsável quanto aos dons que recebeu.”

Reunião de Oração

“Tudo posso Naquele que me fortalece.” O Cursilho não é um evento empresarial, um seminário coach, uma palestra motivacional ou uma mostra de palestras. Iremos atender pessoas, muitas delas, afastadas de Deus há muito tempo. O responsável que está servindo no Cursilho será o “rosto de Deus” para muitos desses candidatos. Para isso, precisamos estar cheios do Espírito Santo. Se um galho se desliga do tronco da “Videira da vida”, ele seca e nele não corre a “seiva” do Espírito Santo. Precisamos estar “ligados” a Deus para sermos o elo entre Deus e os candidatos.

Reunião de Planejamento

Está no 1º tempo do Cursilho: no Pré-cursilho. Assim como quando você vai planejar uma viagem, você verifica a manutenção do carro, o itinerário, combustível etc. Quando vamos planejar o Cursilho, planejamos tudo o que é necessário para que ele ocorra: espaço, limpeza alimentação, projetores, equipamentos de som, gás etc. Quanto mais organizado, mais tranquilamente ocorre o Cursilho. Quanto mais “improvisado” e “bagunçado” é esse planejamento, mais estressante se torna o Cursilho. Já pensou sobre a situação de um sacristão que descobre que não há vinho justo na hora do ofertório? É preciso fazer quantas reuniões forem necessárias até que todas as coisas sejam resolvidas.

Rolho

Outra palavra antiga. Mas agora, de origem espanhola. Rollo é o nome antigo que se dava às mensagens. Não é mais utilizada nos Cursilhos atualmente.

Tempos

Aqui não estamos falando de horas, mas de fases que compõem o Cursilho. No Cursilho os tempos são: antes, durante e depois, mas com outras palavras: Pré-cursilho, Cursilho e Pós-cursilho. Podemos pensar com outras palavras ainda: preparação, execução e prática. Tudo na vida tem o seu tempo e no Cursilho não é diferente. Se você vai fazer um bolo, primeiro você compra os ingredientes, separa os utensílios necessários e quando tem tudo o necessário você avança para um segundo momento. Coloca cada um dos ingredientes na vasilha – na quantidade certa, “bate a massa” e coloca para assar. Para aí? Não! O mais importante vem depois disso: saborear o bolo. No Cursilho, o mais importante também é saborear. Ou seja: colocar em prática, com sua própria vida, nos locais onde você convive tudo o que você aprendeu. Não tem sentido “fazer” o Cursilho e não saborear, não experimentar evangelizar os ambientes. Não tem sentido fazer um bolo gostoso e não o saborear. Menos ainda não dividir com os amigos.

Ultreya

É uma palavra de origem espanhola. Basicamente é um encontro, expressão usada para vários eventos na Igreja (encontro de jovens, encontro de casais, encontro das pastorais diocesanas etc.).

Ultreya também significa ir mais adiante.

No Cursilho, temos Ultreyas Festivas. Ou seja, nos encontramos para comemorar algo (Exemplo: jantares, festas, confraternizações etc.).

Se vamos promover um encontro de aprofundamento de estudo, se vamos fazer um seminário sobre qualquer assunto do cursilho, podemos chamar essa atividade de Ultreya de estudo.

Também veremos essa palavra escrita com a grafia Ultreia.