não perca a oportunidade de evangelizar

VER:

Ouvimos no CUR o anúncio querigmático que convence muitos a imitarem os gestos de Jesus Cristo. Aqui, vejo algo interessante em Jesus: Ele anunciava com a presença nos ambientes. São Paulo teve a oportunidade de escrever cartas para as Comunidades Ambientais por onde passou. Mas veja bem – São Paulo primeiro se fazia presente nos ambientes; só depois enviava cartas nas quais escrevia orientações para a formação da comunidade ambiental. Essas cartas têm algo que me chama a atenção: todas apontam para Jesus Cristo.

Mas Jesus Cristo não escreveu cartas. Ele não mandou recados. Jesus Cristo se fez presente. Se igualou como humano, com exceção do pecado. Leia as entrelinhas da visita de Jesus Cristo na casa de Lázaro, Marta e Maria – seus amigos. É óbvio que em uma visita, a conversa é informal, ainda mais uma conversa entre amigos. A amizade entre Jesus Cristo e Lázaro e suas irmãs era forte ao ponto de um Deus chorar por um humano

Assim, vejo que no Pós-cursilho faz-se prioritário que conquistemos amigos. Os laços de amizade nascem e se fortalecem pelo que somos e não pelo que falamos. Podemos falar qualquer coisa, mas não conseguimos ser o que não somos. Pelo menos por um longo tempo. A máscara sempre cai.

No Pós-cursilho, o viver é mais eficiente do que o falar.

 

ILUMINAR-SE:

O núcleo de amigos que vive os mesmos valores e “fala a mesma língua” consegue transformar os ambientes onde vive com a própria vida.

Não são grandes gestos que fazem grandes mudanças.

São os pequenos gestos que fazem grandes mudanças.

E algo pequeno não chama a atenção. Os grandes gestos fazem um alarde momentâneo, mas como num fogo em palhas, que “pega fácil”, apaga por si só. Ao contrário, o fogo subterrâneo, nas raízes do húmus é invisível na superfície e difícil de ser apagado. Não apaga por si só.

Do mesmo modo, a transformação que vai à raiz dos problemas é eficaz e invisível.

O fogo que precisamos na raiz do húmus dos ambientes é o fogo do Espírito Santo: um fogo suave, abrasador, silencioso e inextinguível.

 

TRANSFORMAR:

O SER é mais importante do que o ESTAR. Hoje estou. Amanhã, não estarei mais.

Preciso ser o Evangelho Vivo onde vivo para que quando eu não estiver mais nesse local as pessoas que lá continuam sejam a continuidade do meu ser. Isto é impregnar!

Se eu consigo deixar as marcas do Evangelho onde hoje eu vivo, trabalho, estudo etc., essas marcas continuarão impregnando e se tornam difíceis de serem apagadas.

O Núcleo de Comunidade Ambiental não precisa aparecer para os demais no ambiente. O que precisa aparecer são seus frutos.

Se eu quero que Jesus Cristo apareça e seja descoberto e notado, eu preciso passar desapercebido.

Somos apenas servos inúteis do Senhor. Fazemos nada mais do que devemos fazer.

 

 

Carlos Carvalho

Cruzeiro/SP - Brasil