As Mensagens do Cursilho

Contribui para criar um clima fraterno, revelando a experiência profunda  de quem vive a Graça na vida. 

O Responsável não deveria sugerir aos cursilhistas fornecer caixas de  peças de equipamentos para montagem - como se os responsáveis pudessem ou quisessem sobrecarregar os cursilhistas  - mas como um passo contínuo e progressivo na fé.  

Assim, esta mensagem nos dará um vislumbre do dia seguinte, onde serão apresentados os fundamentos básicos do fundamental humano, significando que todo homem é digno de respeito porque tem seu lugar no Plano de Deus.  

No CUR procura-se sobretudo fazer a experiência de Deus (que começa por viver a experiência do seu amor em nós e em nós pelos outros). 

As seguintes meditações  são uma proposta nesse sentido. Para que esta proposta seja  compreendida, analisada e acolhida, incentiva-se o silêncio.

Publicada na atmosfera única proporcionada pelo silêncio, esta mensagem meditativa pretende ajudar as pessoas a se redescobrirem dentro de seu contexto histórico, não como uma entidade isolada, mas como um "conjunto de relações".  

Ao examinar suas relações consigo mesma, com os outros, com o mundo e com Deus, a pessoa começa a fazer um novo autorretrato e percebe que sua vida pode ser repleta de perguntas que as respostas existentes não satisfazem.

Esta é a meditação de oração mais significativa para o momento. O perdão é o "sinal" do Reino,  o caminho pelo qual o desígnio de Deus se abre à fraternidade. A  bondade sem limites de Deus introduz o tema desta mensagem, porque no desígnio de Deus o homem é dotado de qualidades que o distinguem de toda a outra criação e o dotam de uma dignidade própria.  

Visto que o próprio homem costuma ser tão esquivo, ele deve primeiro olhar  para dentro de si mesmo para ver que essas qualidades dão um significado real não apenas à sua vida, mas a toda a história da humanidade.

Esta meditação dá exemplos de relacionamentos com Deus, por meio de Jesus Cristo, que são facilmente assimilados porque ocorrem entre o Jesus Cristo histórico, um homem em um determinado tempo e lugar, e um ser humano de carne e osso, como nós em muitos aspectos.

Esses encontros com Cristo introduzem os participantes na graça do Reino e assumem as práticas de Jesus.  

A verdadeira libertação vem através da misericórdia, porque começa com a libertação do pecado, e a misericórdia é uma característica fundamental do Reino de Deus e do seu desígnio de amor.

É o fundamental humano (o homem mais básico), colocado de tal maneira que diante dele desaparecem todos os motivos secundários e irrelevantes da vida e da história.

Quando o homem encontra o verdadeiro sentido da sua vida, abre-se à sua plenitude, e este processo realiza-se na dimensão da história do homem, que faz parte da única história: a história da redenção. A salvação, aliás, começa com a percepção da própria grandeza humana.

A plenitude do ser humano existe em Cristo, Deus e Homem. O "sentido da vida" abre as portas para uma outra dimensão do homem: rumo ao infinito, ao transcendente, ao absoluto, à dimensão de Deus.

Assim, é possível, já agora, a experiência de Deus e do seu Reino de amor, de perdão, de fraternidade. 

Nessa mensagem (que só pode ser entendida se a anterior foi bem focalizada), explica-se plenamente o Plano de Deus e situa-se o eixo fundamental do CUR: a Graça como manifestação do plano de Deus, centrado em Jesus Cristo, que se vai proclamar na mensagem seguinte.

Ser plenamente pessoa, sujeito e protagonista da história e da própria dignidade:

Eis o fundamental humano para o qual todo ser humano é vocacionado.

Esse fundamental humano alcança sua plenitude na Vida divina, na Graça oferecida por Jesus Cristo Deus e Homem. Cristo vive na história, presente por seu Espírito na comunidade dos filhos de Deus, caminhando com seu Povo, constituído em IGREJA. Esse é o Plano de Deus proposto ao homem. Aceitar integralmente esse Plano, a pessoa de Jesus Cristo e sua Igreja, é a resposta a que se chama FE. A fé vivida sob a ação e moção do Espírito imprimirá um novo estilo de vida aos que a vivem: o estilo de vida de Jesus, expresso nos critérios e valores do Evangelho, especialmente nas Bem-aventuranças e no Pai Nosso. Essa vivência da Fé - resposta do homem

Com essa mensagem, fecha-se a primeira parte da proclamação da Mensagem, na qual se situa o eixo doutrinário do MCC. O objetivo dessa mensagem é mostrar como o Plano de Deus e o Reino, que Jesus anuncia e o cristão assume, enfrentam, na sua concretização, obstáculos de toda ordem, sobretudo os nascidos no coração dor próprio homem (cf. Mt 15, 15-20). 

Essa mensagem prepara o dia seguinte no qual, com o auxílio do método VER/JULGAR/AGIR/AVALIAR/CELEBRAR, se fará o levantamento das realidades de pecado, na vida e na história humana.

O marco decisivo para a compreensão e vivência da Graça será a pessoa de Jesus Cristo, por cuja encarnação a vida divina chega ao homem - daí a razão para se fazer, logo depois da mensagem da Graça, a proclamação de Jesus Cristo. Grandiosa e ímpar, a pessoa de Jesus Cristo tem sido diversamente analisada e interpretada ao longo da história.

Recentes publicações buscam 'dessacralizar' e 'reinterpretar' o Mestre, apontando-o como 'empresário', 'treinador' de vendedores ou de atletas - sem falar no enfoque que lhe atribui o recém-descoberto Evangelho de Judas. Uma explicação bem fundamentada dessas novas 'interpretações', ajudará a deixar claro para o cursilhista quem foi verdadeiramente Jesus de Nazaré. Como o grande acontecimento do Plano de Deus na caminhada da história, Cristo deixa atrás de si um povo que O segue e que Ele acompanha através da história. Pela causa d'Ele, que é a causa do Reino, apareceu uma comunidade que caminha pelas estradas do mundo, rumo à Pátria definitiva. A mensagem seguinte proclama essa comunidade divino-humana.

O marco decisivo para a compreensão e vivência da Graça será a pessoa de Jesus Cristo, por cuja encarnação a vida divina chega ao homem - daí a razão para se fazer, logo depois da mensagem da Graça, a proclamação de Jesus Cristo. Grandiosa e ímpar, a pessoa de Jesus Cristo tem sido diversamente analisada e interpretada ao longo da história.

Recentes publicações buscam 'dessacralizar' e 'reinterpretar' o Mestre, apontando-o como 'empresário', 'treinador' de vendedores ou de atletas - sem falar no enfoque que lhe atribui o recém-descoberto Evangelho de Judas. Uma explicação bem fundamentada dessas novas 'interpretações', ajudará a deixar claro para o cursilhista quem foi verdadeiramente Jesus de Nazaré. Como o grande acontecimento do Plano de Deus na caminhada da história, Cristo deixa atrás de si um povo que O segue e que Ele acompanha através da história. Pela causa d'Ele, que é a causa do Reino, apareceu uma comunidade que caminha pelas estradas do mundo, rumo à Pátria definitiva. A mensagem seguinte proclama essa comunidade divino-humana.

"Mesmo sendo distinta de Cristo e do Reino, a Igreja todavia está unida indissoluvelmente a ambos." Iniciado o "tempo da Igreja" pela ação do Espírito Santo, a comunidade do povo de Deus é mediação para que se manifeste seu Plano, anuncia o Seu Reino e constitui o lugar privilegiado do seguimento de Jesus Cristo. 

Por isso, a Igreja é mistério, comunhão e missão. "Onde está a Igreja, aí está o Espírito de Deus e onde está o Espírito de Deus, aí está a Igreja e toda a Graça". 

Viver em plenitude o sentido da vida e da história, pela Graça, em Jesus Cristo e na comunidade eclesial é a proposta que Deus faz ao homem. Como responder a essa proposta é o que mostra a mensagem seguinte.

Aceitar a proposta do plano de Deus; dispor-se a anunciar corajosamente o seu Reino, seguindo incondicionalmente a Jesus, é o objetivo fundamental de todo cristão. 

E Deus Pai não só O constitui sinal e símbolo, isto é, sacramento de sua presença viva no mundo, como, para os momentos mais significativos da vida, marca encontros especiais com seus seguidores. 

E agora, então, o momento de se proclamarem os Sacramentos. Sem esses encontros, sem essa força vital, seria impossível a perseverança pelos caminhos do Reino que encontra constantes obstáculos à sua concretização na história. E o que se constata na mensagem seguinte.

Abre-se o segundo dia com uma meditação sobre a pessoa-chave que nos mostra o Cristo: a pessoa de Maria Santíssima, Nossa Senhora. Mãe do Verbo encarnado, assumindo-o ao mesmo tempo na plenitude do ser humano e como Filho primogênito de Deus, Maria nos mostra Jesus e nos ensina a buscá-Lo sem cessar. Ela é modelo da Igreja: primeira discípula, primeira evangelizadora, ouvinte e servidora da Palavra e do projeto de Deus, colaboradora na nossa redenção e libertação. Colocada nesse momento, logo no início da fase do encontro com Cristo, essa meditação faz a passagem do primeiro para o segundo dia do CUR.

Lembre-se que essa mensagem, dentro da metodologia do Cursilho, está no momento de fortalecer o ENCONTRO COM A COMUNIDADE.

Muitos mensageiros proclamam essa mensagem incentivando que o participante faça uma análise de como anda seu coração ou com qual tipo de terreno o participante se identifica. O momento do participante OLHAR PARA DENTRO DE SI foi na noite de entrada. Agora, é hora de incentiva-los a serem FERMENTADORES DE EVANGELHO nos ambientes para os quais voltarão. É hora de incentiva-los a SEMEAREM A PALAVRA DE DEUS nos ambientes onde vivem, trabalham e, principalmente, nos ambientes onde os VALORES DO REINO não são vividos.  

A SEMENTE sempre dará frutos. Em alguns ambientes mais e outros menos, mas SEMPRE dará frutos. O importante é EVANGELIZAR SEMPRE. Semear sempre.

Identificados os vinhateiros, mostrada a necessidade de uma resposta deles ao chamado e ao envio por parte de Jesus e, portanto, de um comprometimento com a causa do Reino (no contexto do Plano de Deus), é o momento de lhes indicar o campo, a messe onde acontecerá o seu engajamento. Essa meditação-oração abre e motiva os trabalhos desse dia conclusivo do CUR:

• compromisso com a Evangelização Ambiental, 

• encontro com a comunidade,

• desafios oferecidos pelas circunstâncias do mundo moderno.

As parábolas do Semeador e da Vinha são adequadas a essa motivação, como aliás o demonstrou, muito oportunamente, o Papa João Paulo II em sua exortação Apostólica Christifideles Laici ("Vocação e Missão do Leigo na Igreja e no Mundo").

Percorridos os caminhos árduos do início ou da retomada do processo de conversão em sua dimensão integral; conhecidos os recursos de que se dispõe para levar a cabo esse processo, é necessário, agora mostrar ao cursilhista sua responsabilidade, tirando conclusões práticas da Mensagem do Plano de Deus, do Anúncio do Reino e do Seguimento de Jesus, isto é, conclusões que mostrem a urgência do engajamento do cristão leigo - homem e mulher, adulto e jovem - vocacionado para realizar a missão do Mestre através do testemunho, da palavra e da vida. Sem essas conclusões, o CUR seria incompleto. 

Esta mensagem enfatiza a identidade, a vocação e a missão do leigo, e abre pistas para o terceiro dia, facilitando, assim, a compreensão do VER/JULGAR/AGIR/AVALIAR/CELEBRAR.

Essa mensagem, no contexto da grande Mensagem do CUR, deve ser proclamada imediatamente antes da oração da noite. A intenção é a de privilegiar a necessidade da oração, buscando esclarecer vivencialmente o que significa rezar. A oração é uma característica, básica do cristão que procura dar a resposta de fé ao plano de Deus. E a última mensagem do primeiro dia e abre perspectivas para o momento que poderia continuar sendo chamado de encontro com Cristo.

Guiado pelas mãos de Maria, e para conhecer melhor Aquele com o qual quer se encontrar, o homem tem necessidade de formação integral que é o mesmo que dizer educação permanente da Fé. 

Além do conhecimento de Jesus, essa mensagem deve propiciar o surgimento ou aprofundamento da consciência crítica, tão necessária ao cristão de hoje, sobretudo nas situações desafiadoras em que vivemos. 

Essa importante mensagem, talvez uma das mais importantes de todo o CUR, abre as portas para a mensagem seguinte, na qual se vai anunciar uma presença concreta de Jesus na Igreja e na História, bem como nos vários momentos da jornada terrestre daquele que O segue.

Empregando um método já consagrado no planejamento da ação evangelizadora, sobretudo nas Igrejas da América Latina - o VER/JULGAR/AGIR/AVALIAR/CELEBRAR - propõe-se um estudo mais real, mais detalhado e mais comprometedor do campo onde o cristão consciente de sua missão, vai anunciar o Reino de Deus, em cumprimento do seu Plano e no seguimento de Jesus. 

É importante entender o alcance do verbo propor aqui utilizado. 

De fato, não se trata de impor ao cursilhista nenhuma carga ou de obrigá-lo a algo. 

O que se pretende é oferecer-lhe a oportunidade e os meios para que, a partir da convicção de que Deus o ama, ele entenda que deve corresponder a esse amor, partilhando-o com o próximo (amor-ágape), o que será concretizado através de sua missão evangelizadora nos ambientes. 

Esse estudo e essa tomada de consciência da realidade são feitos pelo próprio participante do CUR, a partir de sua própria realidade. 

Dir-se-ia que a mensagem é proclamada, agora, pelo próprio cursilhista participante. 

Não se trata - é preciso que fique bem claro - de um mero "treinamento sociológico ou logístico", mas de uma proposta séria de continuidade de conversão e de engajamento na missão. 

E, também, uma indicação prática de como viver o método no POS, gerando uma espiritualidade encarnada de "formação na ação". 

Não se anula o tradicional tripé - pelo contrário: o VJAAC o coloca em plena luz, pois lembra continuamente ORAÇÃO - FORMAÇÃO - AÇÃO. 

Esta mensagem conclusiva da grande Mensagem do CUR (Reino de Deus, Plano de, Deus, Seguimento de Jesus de Nazaré) introduz o cursilhista no POS, isto é, na corrente da Nova Evangelização para o Terceiro Milênio proposta para toda a Igreja e comprometidamente assumida pelo Movimento de Cursilhos do Brasil.

Embora a mensagem de "Evangelização dos Ambientes" possa ser conclusiva da grande Mensagem, o terceiro dia do CUR não estaria completo sem uma forte exortação iluminada pela "esperança". 

Urge não parar no meio da jornada! É preciso "dar aos que no-la pedem, a razão da nossa esperança" (cf. 1Pd 3, 15). 

Num mundo conturbado e desesperançado como o de hoje, viver a esperança é um desafio para o cristão. 

Mas é a esperança cristã que mostra, na prática, como a realização do plano de Deus, a implantação do Reino e o Seguimento de Jesus são iluminadas pelo Mistério pascal, garantia da Libertação final, da Ressurreição e da Vida!