A Espanha antes do cursilho

É preciso entender como estava a Espanha,

antes do Cursilho

No final da Guerra Civil Espanhola (1936-1939), a Espanha encontrava-se devastada pelas agruras da guerra, tanto materialmente como espiritualmente, apresentando um ambiente cada vez mais descristianizado.

A chamada Guerra Civil Espanhola foi um conflito bélico deflagrado após um fracassado golpe de estado de um setor do exército contra o governo da Segunda República Espanhola.


A guerra civil teve início após um pronunciamento militar entre 17 e 18 de julho de 1936, e terminou em 1 de abril de 1939, com a vitória dos militares e a instauração de um regime de caráter fascista, liderado pelo general Francisco Franco.

Em outubro de 1931, no jornal El Sol, o então primeiro-ministro Azaña equiparara a proclamação da República com o fim da Espanha católica, e durante a Guerra Civil, como Presidente da República, teria dito num de seus discursos, que preferia ver todas as igrejas de Espanha incendiadas a ver uma só cabeça republicana ferida, e o radical catalão Alejandro Leroux teria conclamado a juventude a destruir igrejas, rasgar os véus das noviças e "eleva-las à condição de mães".

A perseguição religiosa durante a guerra civil espanhola apenas continuou um padrão já existente: nos só quatro meses que precederam a guerra civil já 160 igrejas teriam sido incendiadas. Durante a Guerra, pela repressão da II República, segundo o historiador Hugh Thomas, foram mortos 6861 religiosos católicos

(12 bispos, 4.184 padres, 300 freiras, 2.363 monges)


"Execução" do Sagrado Coração de Jesus

"Execução" do Sagrado Coração de Jesus por milicianos comunistas no Cerro de los Ángeles, em Agosto de 1936. Dias antes, em 23 de Julho, logo após o início da Guerra Civil, cinco jovens foram mortos enquanto tentavam defender o monumento


A fotografia foi publicada no jornal londrino Daily Mail, com a legenda: "Vermelhos espanhóis em guerra sobre a religião".